segunda-feira, 8 de junho de 2015

A necessária Frente Ampla Progressista

Sim, nos dias atuais uma Frente Ampla Progressista é necessária. Sim, grande parte desta "necessidade" é culpa do PT, que foi incapaz de aglutinar as forças da Esquerda brasileira em torno de seu projeto, e agora luta contra uma certa resistência e muitas críticas da própria Esquerda, que não vê no PT um governo "de esquerda".

E é bom saber que tem gente pensando "pra frente" no Brasil, ao contrário do atraso pregado diariamente pela Direita e a mídia tradicional...




Por José Reinaldo Carvalho, no Brasil 247

Num quadro político ainda tenso e marcado pelo embate democrático para defender o mandato da presidenta Dilma das investidas golpistas conduzidas pela direita, a principal batalha é construir a frente ampla das forças do campo progressista.

Os partidos de esquerda procuram ajustar seu rumo. O PCdoB fez há poucos dias a sua 10ª conferência nacional, na qual reafirmou a confiança na presidenta Dilma e reiterou o apoio às suas opções de governo, somando-se às demais forças que lutam pela constituição da frente ampla pela democracia, o desenvolvimento e os direitos sociais.

Simultaneamente, é notável o apelo de sua militância e bases sindicais, juvenis e nos demais movimentos sociais por maior assertividade na defesa dos direitos sociais e mais desengajamento das medidas do ajuste fiscal que sejam contraditórias com a bandeira do desenvolvimento e com os direitos dos trabalhadores.

Por seu turno, o PT realiza seu congresso nos próximos dias, na busca da recomposição da unidade interna, da reaproximação com o povo, da restauração da própria imagem e de pontos de convergência com o governo.

O momento exige a união da esquerda. É positivo que tenha crescido a resistência no interior do PSB à fusão com o PPS, partido que é linha auxiliar do PSDB. Há importantes setores entre os socialistas que podem somar-se ao empenho pela unidade progressista, reconduzindo o partido a suas históricas posições democráticas, populares e patrióticas.

A palavra de ordem da frente ampla pode assim ganhar força com as movimentações desses três partidos, que, como bem lembrou Roberto Amaral, foram os fundadores da Frente Brasil Popular, em 1989.

As condições amadurecem para que a união de partidos, centrais sindicais, organizações juvenis, de trabalhadores rurais e personalidades independentes se torne realidade. É a única via para construir alternativas de ação que impulsionem o governo no sentido da realização de reformas estruturais, da defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores. A união das forças democráticas e populares e a afirmação de uma tendência mais progressista no governo são indispensáveis como contraponto às investidas reacionárias do condomínio oposicionista e um alento para as batalhas que virão.

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