quarta-feira, 27 de maio de 2015

Alberto Goldman: "O PSDB não tem projeto de país"

Em carta enviada à cúpula nacional do PSDB, o vice-presidente do partido Alberto Goldman afirmou na última terça-feira (26) que o partido não tem um projeto de País e a legenda não é capaz de dizer o que faria se tivesse vencido as eleições do ano passado. “Nós não temos um projeto de país”, reclamou, segundo informações da Folha de S. Paulo.

Goldman ainda avaliou que “a falta de debate interno se agravou no período recente, de Aécio Neves”. O texto foi endereçado ao comando do PSDB em meio ao debate da reforma política ontem, o momento em que parte da bancada tucana ameaçava apoiar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na defesa do “distritão” (proposta esta que foi derrotada nesta terça-feira).

Segundo ele, o “distritão” é uma “aberração”. Ele queixou-se ainda que matérias importantes, como a reforma política e mudanças na Previdência, “não são discutidas e decididas pelo partido em seu foro natural e legítimo”.

O líder do PSDB no Senado Federal, Cássio Cunha Lima (PB), reagiu: “estivesse Goldman participando mais ativamente do dia a dia da ação das bancadas, certamente teria posição diferente sobre a firme condução de Aécio Neves”, afirmando ainda que “divergências são da natureza democrática” do partido.

As queixas, porém, reverberam entre aliados do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Eles reclamam da concentração de poder em Aécio.

OPINIÃO:

Essa briga-de-foice do PSDB tem nome e sobrenome, e Goldman, macaco-velho na política, sabe disso. Chama-se VÁCUO DE LIDERANÇA.

Não adianta o senador Cunha Lima passar pano tentando livrar a cara do "quase-presidente" Aécio Neves, a verdade é que o mineiro radicado no Leblon é um líder fraco e ainda por cima vai pouco à Brasília debater com seus pares. Assim fica muito difícil sustentar uma liderança de um partido tão grande o com quadros tão influentes quanto o PSDB, por mais que este partido tenha uma orientação ideológica mais aguda - diferente de um PMDB da vida, que é um partidão, uma suruba ideológica incompreensível.

É bom saber que existe um lampejo de crítica à direita brasileira, vindo da própria direita. Pois a esquerda (muitas vezes boa em fazer auto-crítica) jamais mudará seus antagonistas. Eles é que precisam pensar mais o país, esquecer o ódio cego de alguns quadros ao PT (e à esquerda como um todo) e trazer para o debate propostas sérias de desenvolvimento.

Convenhamos: só a política do "privatiza tudo que dá certo" não cola mais...

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